De acordo com a Federation Riding of Disabled
International - FRDI
define-se equoterapia como:
It is widely recognised that the interaction
between people and horses has a powerful and varied benefit. The benefits
are physical, occupational, mental, emotional and intellectual. Horses complement
the work of many practioners, Physiotherapists, OT’s, Speech Therapist’s,
Educationalist’s and Psychotherapists among others, use equine
facilitated activity to enhance
their work.
Para a American Hippoterapy Association - AHA:
Hippotherapy is a physical,
occupational (grifo
nosso), and
speech-language therapy treatment strategy that utilizes
equine movement as part of an integrated intervention program to achieve functional
outcomes.
Já a
Associação Nacional de Equoterapia – ANDE do Brasil, diz que Equoterapia:
É um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de
uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o
desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades
especiais.
Desta forma, a equoterapia é uma estratégia de
reabilitação multiprofissional, utilizada para complementar, apoiar e potencializar programas de
diversas competências profissionais.
Claramente
compreende-se a equoterapia como uma estratégia que dimensiona competências Ocupacionais, e por tanto
um domínio privativo do terapeuta ocupacional.
A Terapia Ocupacional sendo uma área de domínio da Ocupação Humana
visa o desempenho nas Atividades de Vida Diária e a Participação Social,
utilizando-se de avaliações, atividades, tecnologias, abordagens e modelos para
a emancipação e autonomia nas áreas de autocuidado, produtividade e lazer.
Segundo a AHA é um equivoco definir que equoterapia é um campo
profissional, assim como uma categoria profissional, como “equoterapeuta”. Para
a Associação quem faz equoterapia são profissionais como fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos que a utilizam como estratégia para
suas abordagens terapêuticas.
A AHA define que o terapeuta
ocupacional é competente para utilizar a estratégia de equoterapia, pois the occupational therapist is
able to combine the effects of the equine movement with other standard intervention strategies
for working on fine motor control, sensory integration, feeding skills, attentional skills, and functional
daily living skills in a progressively
challenging manner.
Assim, retomando a definição da AHA e FRDI evidencia-se no cenário
internacional que o terapeuta ocupacional é um profissional necessário e
essencial para compor equipes e programas de reabilitação que façam uso da estratégia
de equoterapia, pois o terapeuta ocupacional possui exclusiva competência de
otimizar o desempenho ocupacional de pessoas em suas atividades de vida diária,
assim como competência única na utilização de Abordagem de Integração
Sensorial, o que cientificamente é demonstrado com o uso de equoterapia para os
ganhos ocupacionais dos clientes em atenção terapêutica ocupacional.
Para Carvalho e Oliveira (2009), em estudo de revisão identificam
que terapeutas ocupacionais associam abordagens de Integração Sensorial á
estratégia de equoterapia para otimizar ganhos no desempenho ocupacional de
crianças, jovens e adultos com deficiências e com desordens na integração
sensorial que apresentem limitações para executar suas atividades de vida
diária e restrições na participação social.
Tal abordagem de Integração Sensorial, de acordo com Ayres (1989,
apud MAGALHÃES, 1997), é a habilidade de organizar informações sensoriais para
o uso, respondendo adaptativamente às demandas do ambiente. É o processo pelo
qual o Sistema Nervoso Central (SNC) registra, orienta e processa estímulos
sensoriais.
“O treino de componentes e habilidades de desempenho dos
praticantes de equoterapia são realizados pelo terapeuta ocupacional” (CARVALHO
E OLIVEIRA, 2009, p.108) o profissional treina habilidades motoras e práxicas,
percepto-sensoriais, emocionais, cognitivas e sociais para as atividades de
vida diária, assim como o próprio treino de atividades de autocuidado e lazer
do praticante sobre e com o cavalo.
Dessa forma, a resolução n°348 de 27 de março de 2008 do Conselho
Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, reconheceu a
equoterapia como recurso cinético-ocupacional sustentada pela Classificação
Internacional de Incapacidade e Funcionalidade em Saúde – CIF.
De acordo com Prestes e Tonus (2010), frente ao desenvolvimento de
novas evidências nacionais e internacionais na Terapia Ocupacional sobre o uso
da estratégia de equoterapia, esta foi incorporada aos currículos de formação
superior.
No entanto, negligenciar ofertas de cuidados terapêuticos ocupacionais
para melhorar e otimizar o desempenho ocupacional de indivíduos, que possuem
possibilidades em beneficiar-se do uso da estratégia de equoterapia, demonstra
ser desserviço e privação de garantias de direitos à população brasileira no
que tange a saúde e o social.
Referências
Federation Riding Disabled International.
http://www.frdi.net/EAA.html, acessado em 24/10/2013.
American
Hippoterapy Association.
http://www.americanhippotherapyassociation.org/hippotherapy/hippotherapy-as-atreatment-
strategy/, acessado em 24/10/2013.
Associação
Nacional de Equoterapia
http://www.equoterapia.org.br/site/equoterapia.php, acessado em 24/10/2013.
CARVALHO,
R, M. OLIVEIRA, F, N, G. A Intervenção da Terapia Ocupacional
na
Equoterapia.
Rev. Científica ESAMAZ, Amazonas, v.1n, 1 jul/dez, 2009.
MAGALHÃES,
L. C. A terapia de integração sensorial: teoria e prática.
Curso de
extensão
– Universidade Federal de Pernambuco, 1997.
PRESTES,D, B. TONUS, D. Terapia
Ocupacional em Equoterapia: uma proposta de disciplina para o curso de terapia
ocupacional do centro universitário franciscano – unifra. Rev. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São Carlos, v.18,
2010.
DOCUMENTO PRODUZIDO PELAS ASSOCIAÇÕES DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS:
World
Federation of Occupational Therapists - WFOT
Confederação Latina Americana
de Terapia Ocupacional – Clato
Associação brasileira dos
terapeutas ocupacionais – Abrato
Associação dos terapeutas ocupacionais
do Estado do Rio de Janeiro – ATOERJ
Associação dos terapeutas ocupacionais
do Estado de São Paulo– ATOESP
Associação cearense dos
terapeutas ocupacionais – ACTO
Associação cultural dos
terapeutas ocupacionais do Estado do Paraná – ACTOEP
Associação cultural dos terapeutas
ocupacionais do Estado do Mato Grosso do Sul – ACTOEMS
Associação dos terapeutas ocupacionais
de Alagoas – ATOAL
Associação dos terapeutas ocupacionais
do Distrito Federal- ATODF
Associação dos terapeutas ocupacionais
do Rio Grande do Norte – ATORN
Associação dos terapeutas ocupacionais
do Rio Grande do Sul- ATORGS
Associação brasileira dos
terapeutas ocupacionais, Regional Bahia – Abrato-BA
Associação brasileira dos terapeutas
ocupacionais, Regional Espírito Santo- Abrato-ES
Associação brasileira dos
terapeutas ocupacionais, Regional Pará – Abrato-PA
Associação brasileira dos terapeutas
ocupacionais, Regional Pernambuco – Abrato-PE
Associação brasileira dos
terapeutas ocupacionais, Regional Piauí – Abrato-PI
Associação brasileira dos terapeutas ocupacionais,
Regional Santa Catarina – Abrato-SC
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