Segundo o autor Maurício de Souza, um personagem
com deficiência já havia sido criado no passado. O amiguinho da turma usava
muletas e apareceu em algumas histórias. Depois, surgiu o cadeirante Luca. Maurício
conta que o convite para criar uma revista sobre acessibilidade trouxe uma
responsabilidade muito grande, ao traduzir um tema complexo para uma linguagem
que uma criança pudesse entender. Depois, entretanto, o sentimento foi de
satisfação ao poder usar o carisma de seus personagens em prol de uma campanha
tão importante. “A turma da Mônica é um grupo de personagens que vive e
age como nossos filhos ou conhecidos, e todos nós temos amigos com algum tipo
de deficiência, num convívio harmônico e dinâmico. Aprendemos as regras da
inclusão aí. Até acho que demorei muito para perceber esse vazio nas nossas
histórias”, explica Maurício.
Inspirações
O autor conta que, para criar o cadeirante Luca,
conversou com atletas paraolímpicos. “Foi uma descoberta e uma alegria. Eles
são entusiasmados, alegres, espertos e inteligentes, com a moral lá em cima.
Foi fácil transpor esse clima para os personagens” afirma.
Para Dorinha, uma menina cega, Maurício buscou
referência em D. Dorina Nowill, da fundação que leva o mesmo nome, uma mulher
“líder, de inteligência brilhante, sem preconceitos, elegante, preocupada com a
causa dos cegos”.
Já
o autista André nasceu de um estudo que o autor fez para uma campanha. ”Saiu de
uma revistinha muito gostosa que serve pra muita gente entender um pouco melhor
o autismo e suas diversas manifestações”, ressalta.
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